VOLTAR A CASA DO AMOR

      Assim como o filho pródigo, estamos sempre deixando e voltando à casa do Pai, que se revela como O Amor. Assim, saímos e retornamos ao intento de amar, voltando a estar no "clima" de amor que há entre o Pai e o Filho. Não é difícil sair do "clima" que há entre a Trindade, entristecendo o Espírito do Amor que mora em nós. Principalmente, porque nossa inclinação ao pecado (herdado e aprendido) propicia esse exílio. E, quando percebemos, já estamos distantes do clima do amor, ainda que trabalhemos para o Pai, como o filho mais velho da mesma Parábola.

     Em minha caminhada tenho oscilado entre os três personagens descritos por Cristo. Muitas vezes sou o filho que vai para longe. Em outras, vejo que perdi os bens recebidos. Mas, pela graça de Deus, sempre tenho voltado pra casa do Amor. Por vezes, não cheguei a sair afetivamente das coisas do Pai, mas, ainda que trabalhando nos campos do Pai, percebo que perdi a sintonia com Ele e deixei de adentrar à festa da Misericórdia, apesar de estar tão perto dela. A maior graça, contudo, está na eventualidade dos tempos em que me sinto uma só com Ele, não apenas aceitando sua paternidade, mas vestindo seu manto e amando como Ele me tem ensinado a amar. São tempos fecundos. É quando sinto o meu coração muito próximo do d’Ele e olho a todos na perspectiva do olhar d’Ele. Nessa graça, contemplo, agradecida, meu coração ser dilatado e entendo o que chamam de Felicidade e Paz.