"Surge para toda a humanidade a esperança da verdadeira vida
e felicidade porque a chave, o centro e o fim de toda a história humana se
encontra no seu Senhor e Mestre" (GS 10)
Nesses últimos dias de preparação
à celebração do Natal de Cristo - a grande Boa Nova -, o nascimento do Filho de
Deus para nossa Salvação, estive acompanhando a Comunidade Católica Abbá Pai
nas visitas natalinas que a Comunidade faz a algumas de suas frentes de
voluntariado. São instituições assistenciais, de amparo a enfermos, deficientes
físicos e mentais, idosos e presidiários.
Como voluntária semanal de uma
dessas frentes, sei que no Natal um sentimento de saudade e de esperança toma
conta dos corações.
Nas visitas natalinas deste ano,
entre canções e entrega de presentes, optamos por falar mais da esperança.
Em duas dessas instituições, nos
deparamos claramente com o limiar da vida: o asilo e o hospital. Onde a vida se
esvai, a esperança sustenta a fé e o amor com mais intensidade. Especialmente
nesses lugares a palavra “esperança” despertou um brilho contagiante nos
olhares. “Natal é esperança”, dizíamos, “porque Cristo é nossa esperança”. E
nossa esperança não teve um lugar apropriado para nascer, nasceu em um
estábulo, foi posto em uma manjedoura, envolto em faixas e adorados por simples
pastores, ainda que anunciado por uma estrela e por anjos. Nossa esperança se
reduziu a nossa condição, para chegar até nossa singeleza e tocá-la em seu
amor.
Natal é esperança porque Deus vem
estar conosco em nossa fragilidade. Ele se faz frágil como nós e penetra na
pequenez de nossa humanidade.
Depois de tantos anos de visitas
natalinas a lugares em que a limitação aflora, ainda não havia percebido claramente
a intensidade do olhar dos corações chagados e solitários quando se fala em
esperança. É um brilho profundo e intenso. Tão brilhante como a estrela de
Belém, tão intenso como a canção dos anjos: Glaoria
in excelsis Deo, et in terra pax hominibus bonae voluntatis.
Simone,
ResponderExcluirEsses olhares cheios de esperança que encontramos ao longo do caminho é como se fosse uma espada que fere nosso comodismo. Você tem toda razão: é a luz da estrela de Belém que nos anuncia que Jesus está entre nós, principalmente naqueles que sofrem.
Obrigado pelo seu sim.
Feliz Natal!
Vinícius
Lindo. :)
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